O avanço da influenza entre moradores de Aparecida de Goiânia preocupa profissionais de saúde. De acordo com levantamento do HMAP, a maioria dos pacientes internados com a doença neste semestre não recebeu a vacina contra a gripe. Com baixa cobertura vacinal, os casos graves aumentam e colocam pressão sobre a rede hospitalar.

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Atualmente, 23 pessoas foram internadas no Hospital Municipal de Aparecida com diagnóstico confirmado de influenza. Entre elas, 14 pertenciam ao grupo prioritário para vacinação — crianças, idosos, gestantes e puérperas — mas apenas uma havia tomado a dose, segundo o sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que apenas 20,21% das pessoas desses grupos se vacinaram em 2025. O número é ainda menor do que o do ano passado, quando a cobertura atingiu 48%, e segue distante da meta nacional de 95%. Especialistas temem que essa baixa adesão continue refletindo diretamente no aumento das hospitalizações.

Impactos vão além do risco individual

Ou seja, não se trata apenas da saúde de quem adoece. A influenza exige internações que, muitas vezes, envolvem leitos isolados, equipe dedicada e maior consumo de recursos hospitalares. Cada paciente grave pode comprometer o funcionamento da unidade, como explicou o HMAP. Isolamentos e redirecionamento de pessoal afetam outros atendimentos e reduzem a capacidade de resposta do sistema.

Além disso, o vírus é altamente contagioso e pode evoluir rapidamente para quadros graves, como pneumonia, insuficiência respiratória e, em casos extremos, óbito. Pessoas com doenças crônicas são ainda mais vulneráveis, crianças pequenas e idosos formam os grupos com evolução mais acelerada da doença.

Vacinação disponível o ano todo

Desde 2024, a vacina contra a gripe está disponível de forma permanente para os públicos prioritários, e não apenas durante campanhas. No entanto, a procura ainda é considerada muito baixa.

Os laboratórios atualizam o imunizante a cada temporada com base nas cepas em circulação no mundo, o que torna essencial se vacinar todos os anos para garantir proteção. Mesmo com a eficácia e segurança comprovadas, muitas pessoas ainda deixam de se imunizar por falta de informação ou confiança.

Profissionais de saúde reforçam que a vacina contra a gripe continua sendo a principal forma de prevenir casos graves de influenza. Eles alertam que o momento exige atenção e responsabilidade coletiva para evitar uma sobrecarga ainda maior nos hospitais.

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