A Polícia Civil de Goiás realizou, na manhã desta quarta-feira (11), uma operação em Aparecida de Goiânia voltada ao combate à exploração sexual infantil em ambiente digital. A ação integra a quarta fase da Operação Arcanjo, conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), com foco no rastreamento e desarticulação de crimes cometidos na internet.

O alvo foi um adolescente, identificado durante uma investigação cibernética como possível responsável por armazenar arquivos de pornografia infanto-juvenil em seus dispositivos eletrônicos. Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão domiciliar, recolhendo celulares, computadores e outros equipamentos que serão agora analisados pela perícia.

Segundo a Polícia Civil, a apuração envolveu técnicas especializadas de rastreamento digital e mapeamento de redes de compartilhamento de conteúdo sensível. A operação teve como objetivo interromper o armazenamento de materiais que violam a integridade de crianças e adolescentes e garantir que os envolvidos sejam responsabilizados, conforme previsto em lei.

Compromisso com a proteção da infância

A Operação Arcanjo é uma das principais iniciativas da DERCC no enfrentamento aos crimes de exploração sexual infantil pela internet. Em todas as suas fases, o foco tem sido identificar rapidamente usuários suspeitos, apreender dispositivos e proteger potenciais vítimas antes que o conteúdo seja compartilhado ou distribuído em larga escala.

Mesmo sendo menor de idade, o investigado responderá conforme o que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata com rigor situações que envolvam a posse ou armazenamento de material pornográfico envolvendo crianças.

“A Polícia Civil de Goiás reitera seu compromisso com a proteção da infância e não tolera nenhum tipo de violação contra crianças e adolescentes, seja por adultos ou por outros menores”, destacou a corporação em nota oficial.

Responsabilidade e vigilância digital

A operação reforça o alerta para famílias, escolas e instituições sobre a importância da vigilância no uso de dispositivos eletrônicos e redes sociais por adolescentes. O armazenamento ou acesso a conteúdo ilegal, ainda que não compartilhado, constitui crime e deve ser tratado com seriedade.

A Polícia Civil reforça que denúncias podem ser feitas de forma anônima, por meio do Disque 100 ou dos canais digitais da própria DERCC. A colaboração da população tem sido fundamental para o sucesso das ações e para evitar que novos casos ocorram.

Com mais essa etapa da Operação Arcanjo, Aparecida de Goiânia reafirma seu compromisso com a integridade da infância e juventude. O trabalho técnico e rápido da Polícia Civil mostra que, mesmo em meio à complexidade dos crimes virtuais, há vigilância, ação coordenada e resposta legal.

A sociedade precisa estar atenta. Proteger nossas crianças é uma tarefa coletiva — e começa pelo uso consciente da tecnologia dentro de casa.