Cobrou Pix de paciente no SUS e foi demitida
- Publicado em
- atualizado em 18/10/2025 às 10:02

Servidora da Saúde de Aparecida é presa por exigir pagamento indevido para liberar exame. Caso gerou revolta e levou à exoneração imediata.
Uma funcionária da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia foi presa após ser flagrada cobrando um pagamento via Pix para liberar um exame a um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS). A prisão aconteceu na quarta-feira (16), e o caso já repercute entre usuários e servidores da rede municipal.
Segundo a Polícia Civil, a servidora exigiu o valor de R$ 55, por meio de transferência eletrônica, para autorizar a realização de um procedimento que deveria ser gratuito. O caso foi denunciado por um familiar do paciente e rapidamente investigado.
Durante as diligências, a polícia confirmou a cobrança e realizou a prisão em flagrante por concussão — crime cometido por servidor público ao exigir vantagem indevida. A mulher estava lotada na Central de Regulação da Saúde de Aparecida e tinha acesso ao sistema de agendamentos.
Exoneração imediata
Após a prisão, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia confirmou a exoneração da servidora. Em nota oficial, a gestão afirmou que repudia qualquer tipo de cobrança ou conduta ilegal no atendimento público e que colabora com as investigações.
O caso gerou indignação entre usuários da saúde pública da cidade, especialmente pela prática ter ocorrido em um setor responsável por autorizar exames, onde muitas famílias aguardam semanas ou meses por um atendimento.
Liberação só com pagamento de fiança
A mulher foi levada à Central de Flagrantes e, segundo decisão da Justiça, poderá responder ao processo em liberdade apenas mediante o pagamento de fiança fixada em um salário mínimo (R$ 1.412). Até a manhã desta sexta-feira (18), ela ainda não havia sido solta.
Investigação continua
A Polícia Civil apura se a prática era recorrente e se outros usuários foram vítimas da mesma abordagem. O celular da investigada também foi apreendido, e o conteúdo será analisado. A delegacia reforça a importância de denúncias anônimas para coibir abusos semelhantes.
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