Nos dias 6 e 7 de junho, Aparecida de Goiânia sedia o Encontro de Gestão Cultural: Criatividade e Inteligência Artificial, iniciativa do Festival Curta Aparecida que convida artistas, gestores, coletivos e pesquisadores a refletirem sobre os rumos da cultura contemporânea. O evento acontece no Coworking da Escola do Futuro Luiz Rassi, no Jardim Buriti Sereno, com acesso gratuito e aberto ao público. Desde já, a proposta visa ampliar os debates locais sobre inovação no setor. Além disso, busca fortalecer a integração entre diferentes agentes culturais.

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O encontro é promovido pelo Coletivo Justina e se propõe a ser um espaço de escuta, provocação e construção coletiva. Com mesas de debate e atividades formativas, a programação aborda temas como inovação, ética, sustentabilidade, acessibilidade, políticas públicas e o impacto das tecnologias emergentes — com destaque para a presença crescente da inteligência artificial nas práticas culturais. Ao mesmo tempo, o evento aproxima diferentes perspectivas sobre os desafios atuais e sobretudo, convida à reflexão crítica sobre o papel da cultura diante dessas transformações.

Diálogos entre arte, tecnologia e instituições

Na sexta-feira (6), às 19h, a mesa de abertura traz o tema “Inteligência Artificial e Criatividade: diálogos possíveis?”, com palestra do Prof. Dr. Vinicius Seabra. A fala deve abordar os potenciais e limites do uso de IA em processos criativos, mostrando como essas ferramentas podem ampliar repertórios, transformar práticas e gerar novas linguagens artísticas. A mediação será de Pablo Lopes, gestor cultural e idealizador do festival. Posteriormente, os organizadores pretendem publicar os principais pontos debatidos. Do mesmo modo, esperam incentivar novas articulações entre cultura e tecnologia.

A programação segue no sábado (7), às 9h, com a mesa “Arte e Institucionalidades: combinam?”, conduzida por Décio Coutinho, especialista em economia criativa, e Sacha Witkowski, gestor de políticas públicas e articulador cultural. A mediação ficará a cargo de Takaiúna, dramaturga e pesquisadora, fundadora da Escola Latino-Americana de Dramaturgias Emergentes. O debate propõe discutir as relações entre arte, poder institucional e autonomia dos processos criativos. De maneira idêntica, o tema aborda os limites entre liberdade artística e regulação pública. Nesse sentido, busca provocar diálogos sinceros sobre mediação e independência no campo cultural.

Cultura em rede e formação crítica

Mais do que um seminário, o encontro se apresenta como um chamado à construção coletiva de caminhos possíveis para uma cultura viva, plural e atenta às transformações do presente. A proposta é fomentar o diálogo entre tradição e futuro, com foco em tecnologias regenerativas, participação democrática e sustentabilidade. Por outro lado, o evento também reconhece os desafios enfrentados por gestores locais. Em contrapartida, oferece espaços práticos de formação e escuta mútua.

O evento integra a programação expandida do Festival Curta Aparecida e reafirma o compromisso do projeto com a formação crítica, a valorização da diversidade e o fortalecimento das redes culturais em Aparecida e no estado de Goiás. Por sua vez, a iniciativa conta com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital de Seleção Pública nº 06/2023 – Cinema e Audiovisual, operacionalizado pela Secretaria Municipal de Cultura de Aparecida de Goiânia, com apoio do Ministério da Cultura e do Governo Federal. Além disso, a ação busca ampliar o alcance das políticas culturais descentralizadas. Consequentemente, reforça o papel das cidades na construção de agendas culturais participativas.

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