Projeto Mulheres + Renda conecta renda, capacitação e cuidado
Em Aparecida de Goiânia, um grupo de mulheres está transformando tecido e linha em muito mais que sacolas reutilizáveis. Com cada ponto, elas costuram dignidade, novas oportunidades e um futuro mais sustentável. Essa é a proposta do Mulheres + Renda, iniciativa desenvolvida pela BRK em parceria com a Rede Asta, que reúne 36 costureiras de Aparecida e Trindade para produzir 16 mil ecobags de tecido.
O projeto une geração de renda, incentivo ao empreendedorismo feminino e conscientização ambiental. Em Aparecida, 18 costureiras participam da ação; outras 18 trabalham em Trindade. Cada uma recebe um kit com os tecidos cortados e um pagamento de R$ 1.780 para confeccionar 445 bolsas resistentes, feitas de lona, com 35 cm de largura por 40 cm de altura. Essas ecobags serão distribuídas a famílias em situação de vulnerabilidade social, substituindo o uso de sacolas plásticas.
Seleção com história e novos talentos
A escolha das participantes seguiu dois caminhos. Parte delas já havia participado do projeto Máscara + Renda, realizado em 2021, quando a BRK e a Rede Asta pagaram para que costureiras produzissem 60 mil máscaras de pano durante a pandemia. A outra parte foi indicada por essas veteranas, integrando o programa pela primeira vez.
Essa seleção permitiu reunir experiência e renovação, criando um grupo diverso, com mulheres de diferentes idades e trajetórias, mas unidas pelo mesmo propósito: transformar a costura em renda e oportunidade.
Entrega prevista para agosto
As bolsas ainda estão em fase de produção. O primeiro lote, com 8 mil unidades, deve ser entregue às Secretarias Municipais de Assistência Social de Aparecida e Trindade até 31 de agosto. A partir daí, caberá às secretarias definir a forma de distribuição — as famílias atendidas poderão receber as ecobags junto a cestas básicas ou outros programas sociais.
Para quem deseja participar de ações futuras, o caminho é simples: basta entrar em contato com a Rede Asta pelo e-mail [email protected]. A seleção oficial das artesãs é feita pelas Secretarias Municipais de Assistência Social.
Renda que transforma
Para as costureiras, o valor recebido e a segurança do trabalho já garantido representam mais que um contrato. É a chance de reorganizar a vida financeira e investir em projetos pessoais.
Em Aparecida, Francisca Freitas, de 52 anos, vê a oportunidade como um passo importante para abrir sua loja online. Em Trindade, Maria Cilda Ribeiro, de 58 anos, que já participou da produção de máscaras, quer entregar um trabalho impecável e aumentar sua renda.
Empreendedorismo como legado
Além da produção das ecobags, todas as artesãs participaram do curso de Aceleração da Escola de Negócio das Artesãs, oferecido pela Rede Asta. As aulas online abordaram temas como precificação, gestão de materiais e marketing, capacitando as costureiras a criarem e administrarem seus próprios empreendimentos.
Para a gerente de Comunicação e Responsabilidade Social da BRK em Goiás, Renata Danzi, o projeto se apoia em três pilares: renda, sustentabilidade e fortalecimento do empreendedorismo. Segundo ela, a ação olha para o presente e o futuro das participantes, garantindo não apenas remuneração, mas também ferramentas para que elas ampliem sua atuação no mercado.
Uma costura que conecta passado e futuro
O histórico de parceria entre BRK e Rede Asta já havia mostrado bons resultados em 2021, quando o Máscara Mais Renda garantiu renda e proteção em meio à crise da pandemia. Agora, o Mulheres Mais Renda amplia o alcance: une sustentabilidade, capacitação e protagonismo feminino, com benefícios diretos para centenas de famílias.
Mais do que um produto, as ecobags simbolizam histórias de superação, trabalho coletivo e transformação social. Em cada costura, há mais que tecido: há autonomia, esperança e o início de uma nova narrativa para quem vive da arte de costurar.
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