Piso dos professores: proposta não impede greve

Fotos da manifestação dos professores em Aparecida.
Greve de professores em Aparecida afeta escolas, mesmo com proposta de reajuste. (Foto: Arquivo/Sintego)

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia propôs o pagamento do novo Piso Nacional dos Professores na folha de maio, junto com um canal permanente de negociações. Apesar da iniciativa, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) manteve a decisão de greve, que começou nesta terça-feira (29) e já compromete o funcionamento de diversas escolas e creches da rede municipal.

Proposta de pagamento

A Prefeitura de Aparecida, representada pelas secretarias de Educação, Fazenda e Procuradoria Geral, apresentou uma proposta formal durante reuniões realizadas nos dias 25 e 28 de abril. O compromisso era iniciar o pagamento do novo piso já a partir da folha salarial de maio. Para regulamentar o reajuste, o município anunciou o envio imediato de um projeto de lei à Câmara Municipal.

Contudo, mesmo com essa sinalização de avanço, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) optou por deflagrar a greve, afetando diretamente milhares de alunos das Escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis).

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Greve impacta alunos

Atualmente, das 93 unidades escolares do município, 13 estão completamente paralisadas, enquanto outras 43 registram paralisações parciais. Apenas 37 mantêm suas atividades normalmente. A paralisação alterou o cotidiano escolar e trouxe incertezas para pais, alunos e professores.

Dívida e responsabilidade

A gestão municipal, por sua vez, ressaltou que enfrenta restrições financeiras significativas. Segundo informações da administração, a atual gestão herdou uma dívida superior a R$ 500 milhões da administração anterior. A secretária municipal de Educação, sem citar diretamente, defendeu que o esforço para garantir o pagamento do piso salarial é feito de maneira responsável, considerando o equilíbrio das contas públicas.

O procurador-geral do município reforçou que, embora haja intenção de atender as demandas dos servidores, a gestão precisa agir com responsabilidade fiscal para não comprometer a continuidade dos serviços públicos essenciais.

Diálogo e limites

Além disso, a proposta da Prefeitura incluía a criação de uma mesa de negociação permanente, destinada a discutir o pagamento do retroativo referente aos meses de janeiro a abril, além de outras pautas da categoria. O município enfatizou que, mesmo disposto ao diálogo, é preciso respeitar os limites financeiros existentes.

Desde janeiro de 2025, a gestão tem implementado medidas de austeridade para recuperar a saúde financeira do município. Logo depois dos ajustes iniciais, foi possível colocar em dia os salários dos servidores e os contratos com fornecedores.

Piso dos professores: medidas salariais

A Prefeitura informou que também prepara para maio o pagamento da data-base de todos os servidores públicos municipais. Essa iniciativa busca atender outra importante reivindicação do funcionalismo.

Posteriormente, novas rodadas de negociação poderão ocorrer para debater outros temas de interesse da categoria, desde que respeitados os limites impostos pela realidade fiscal.

Piso dos professores: temas em debate

Os representantes sindicais abordaram outras pautas durante as reuniões. Entre elas, a realização de concurso público para a Educação e a concessão de titularidades. Entretanto, a continuidade dessas ações depende de decisões judiciais, já que ambos os processos estão atualmente suspensos ou em análise pelo Poder Judiciário.

Situação nas escolas

Enquanto o impasse não é resolvido, parte das escolas enfrenta a rotina de paralisações. A Prefeitura mantém o monitoramento da situação, buscando alternativas para minimizar o impacto sobre os alunos.

Cenário financeiro

O cenário econômico do município ainda inspira cuidados. A prioridade tem sido assegurar o pagamento em dia dos servidores e manter a prestação de serviços públicos essenciais, sem comprometer o equilíbrio financeiro.

Entraves judiciais

A Prefeitura aguarda desdobramentos judiciais para avançar nas demandas que dependem de decisão da Justiça. O objetivo, segundo a administração, é agir com segurança jurídica para garantir estabilidade nas ações voltadas à Educação.

Perspectivas futuras

Sobretudo, a Prefeitura de Aparecida reafirma a disposição para o diálogo e a busca de soluções que contemplem os interesses dos professores e da comunidade escolar, sem colocar em risco o funcionamento da máquina pública.

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