Grupos reflexivos ganham força em Goiás
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Entre os dias 3 e 6 de junho, uma iniciativa silenciosa, mas profundamente transformadora, tomou forma em Goiânia. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) realizou uma capacitação voltada à formação de grupos reflexivos — espaços que não apenas falam sobre violência de gênero, mas enfrentam suas raízes.
Durante quatro dias, 58 servidores públicos representando 13 municípios, entre eles Aparecida de Goiânia, se reuniram para aprender mais do que técnicas: discutiram caminhos para romper ciclos de agressão que se repetem, muitas vezes, dentro de casa.
Esses grupos não são comuns. Eles reúnem homens que cometeram violência doméstica e os colocam diante de suas atitudes, suas crenças, suas violências. Por meio de rodas de conversa, sensibilização e responsabilização, o foco é um só: impedir que a história se repita.
A proposta não surge do acaso. Ela é fruto de uma parceria entre a Seds e o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), e está conectada às medidas protetivas aplicadas pelo Judiciário. Assim, enquanto a Justiça impõe limites, os grupos oferecem reflexão — uma oportunidade real de mudança.
A formação abordou metodologias específicas para criar e conduzir esses encontros. Mas foi além. Os servidores também foram apresentados a ações já existentes, como o programa “Goiás Por Elas”, e aos canais de denúncia, incluindo o Ligue 180 e as plataformas digitais de atendimento. Informar também é proteger.
Estiveram presentes representantes de Abadia de Goiás, Alexânia, Cristalina, Inhumas, Morrinhos, Porangatu, Rubiataba, Santa Helena de Goiás, Senador Canedo, Silvânia, Trindade, Goiânia e, com destaque, Aparecida de Goiânia — município com forte atuação em políticas sociais.
Para a Secretaria de Desenvolvimento Social, essa abordagem tem contribuído de forma significativa no enfrentamento à violência doméstica em Goiás. A avaliação é de que os grupos reflexivos representam uma mudança importante na forma de atuação, ao direcionarem atenção tanto às vítimas quanto aos agressores, unindo medidas de proteção com ações de conscientização e prevenção.
As estatísticas confirmam essa percepção. A reincidência de casos, segundo ele, vem diminuindo nas regiões onde os grupos foram implementados. E a presença de tantos municípios na capacitação acende um sinal positivo: há disposição em mudar.
É disso que se trata. De mudar. De ensinar que violência não é destino, que masculinidade não é sinônimo de controle, que ouvir pode ser mais potente do que punir. E que prevenir, ainda que exija tempo, empatia e persistência, é sempre mais eficaz do que remediar.
Em Goiás, os grupos reflexivos já começaram a trilhar esse caminho.
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