Greve da educação mobiliza servidores e Câmara
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Desde a manhã de terça-feira (6), a greve da rede municipal de Educação tomou conta dos debates na Câmara de Aparecida de Goiânia. Durante a 28ª Sessão Ordinária, centenas de professores e servidores administrativos ocuparam o plenário João Antônio Borges em protesto. Eles exigem o pagamento integral do piso salarial da categoria e a regularização das progressões funcionais, que estão paradas há mais de dez anos.
Logo no início da sessão, o presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e a professora Aline subiram à tribuna. Ambos apresentaram dados e relatos sobre o impacto financeiro da defasagem salarial. O sindicato estimou que a gestão municipal acumula um passivo de R$ 7 milhões, resultado da decisão de aplicar o reajuste anual apenas a partir de maio — ignorando o retroativo que deveria valer desde janeiro.
Perdas salariais e descumprimento do plano de carreira
A professora Aline alertou que os prejuízos não se restringem ao piso. De acordo com ela, o município também não cumpre as progressões previstas em lei, o que causa impacto direto na folha de pagamento dos educadores. Por exemplo, ela mencionou perdas mensais de até R$ 4.800, acumuladas ao longo dos anos por falta de atualizações salariais.
Além disso, ela relatou o dia a dia nas escolas públicas: infraestrutura precária, merenda insuficiente, falta de materiais e ausência de profissionais essenciais. Segundo o sindicato, mais de 600 docentes aguardam progressão vertical e outros 200 esperam titularidade. Também há críticas ao concurso público recente, que teria desrespeitado o Estatuto do Servidor ao não considerar as carreiras existentes.



Parlamentares reagem com críticas e propostas
Ainda durante a sessão, vereadores de diferentes partidos comentaram a paralisação. Alguns defenderam a criação de uma comissão entre representantes da categoria e da Câmara para negociar com o Executivo. A proposta partiu de parlamentares que afirmaram ter recebido informações da Secretaria da Fazenda apontando que 97% dos educadores já recebem o piso. Contudo, os dados foram questionados por membros do sindicato, que pedem mais transparência na divulgação das contas públicas.
Nesse sentido, a Comissão de Educação foi mobilizada para intermediar o diálogo. Vereadores reconheceram a legitimidade das pautas e cobraram mais sensibilidade por parte da gestão municipal. De acordo com eles, o valor pendente representa apenas uma fração do orçamento anual, que ultrapassa R$ 3 bilhões.
Greve continua enquanto impasse persiste
Por fim, os vereadores também cobraram explicações sobre o uso dos recursos do Fundeb e pediram respeito ao plano de carreira dos educadores. A Câmara se comprometeu a acompanhar de perto o desenrolar da greve, que continua sem previsão de término. O sindicato reforçou que só encerrará o movimento com um posicionamento claro da Prefeitura sobre o pagamento do retroativo e a retomada das progressões.
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