Conferência de políticas para mulheres em Aparecida
A manhã da última segunda-feira, 28 de julho, começou diferente na Cidade Administrativa de Aparecida. Não foi apenas mais uma reunião institucional — foi dia de escuta, de vozes firmes e propostas construídas com base na realidade de quem sente na pele os impactos da desigualdade. A 3ª conferência de políticas para mulheres em Aparecida ocupou o Espaço Multiuso com diversidade, afeto e um senso claro de urgência. Desde o início, a proposta era reunir poder público, sociedade civil e movimentos sociais para repensar o que já foi feito e, principalmente, o que ainda precisa acontecer. Ao mesmo tempo, esse encontro também celebrou a força de quem não aceita retrocessos.
O que está em jogo vai além de políticas: é vida concreta
Com o tema “Mais democracia, mais igualdade e mais conquistas para todas”, a conferência foi mais do que simbólica. Ela foi estratégica. Por isso, três compromissos nortearam os debates: ampliar a presença das mulheres em espaços de decisão, enfrentar desigualdades enraizadas e transformar conquistas pontuais em direitos duradouros. Além disso, o evento abraçou o subtema “Raízes de igualdade, frutos de justiça”, reforçando o alinhamento com as diretrizes estaduais e nacionais.
Ali não se falou só de teoria. Mulheres da cidade, de diferentes trajetórias, levaram demandas urgentes, relatos reais e ideias viáveis. O que surgiu foi um mosaico de experiências que, juntas, construíram um documento vivo e pulsante — com propostas que seguirão para as próximas etapas da conferência.
Rede de apoio, empreendedorismo e combate à violência: ações que já estão em andamento
Durante o encontro, a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres apresentou o que Aparecida já tem feito para proteger e fortalecer suas cidadãs. A cidade conta hoje com uma rede em expansão: programas como Mães de Goiás e Goiás por Elas, o Aluguel Social, atendimento nos CRAS e parcerias com o Sebrae. No entanto, talvez a notícia mais aguardada seja a futura inauguração da Delegacia da Mulher com funcionamento 24 horas. Ao mesmo tempo, a Patrulha Maria da Penha segue atuante, com apoio da Guarda Civil Municipal e da PM.
Qualificação profissional, fomento ao empreendedorismo feminino e articulação com o Judiciário e o Ministério Público também são frentes em andamento. A conferência partiu das conquistas já alcançadas e avançou com propostas para ir ainda mais longe.
Representatividade importa: mulheres de todas as lutas ocuparam a mesa e o microfone
O evento contou com a presença de promotoras de Justiça, representantes da Polícia Militar, da OAB, do Conselho de Mulheres, de fóruns nacionais de participação e de organizações comunitárias. Juntamente com elas, mulheres empreendedoras e ativistas mostraram que a força coletiva nasce no diálogo — e que pautas antes invisíveis agora ganham nome, corpo e lugar. Em paralelo, exemplos como o grupo de mulheres com endometriose mostraram o poder da mobilização para pautar políticas públicas concretas, inclusive na área da saúde.
E o que vem depois? Propostas que seguem adiante
As participantes reuniram as propostas discutidas em Aparecida e vão levá-las para as etapas estadual e nacional. Em outras palavras, tudo o que nasceu nesse chão será levado adiante para impactar políticas públicas em nível mais amplo. Pouco a pouco, é assim que se muda o cenário: de dentro para fora, com mulheres que se escutam, se organizam e constroem juntas.
Mesmo sem estar presente, o prefeito reafirmou o compromisso da gestão com o acolhimento, a escuta e a ação. De acordo com a secretaria da Mulher, a luta por equidade não é uma pauta de evento — é uma política de continuidade.
Leia também
➡️ Testagem contra hepatites em Aparecida é reforçada
➡️ Aulão de artes marciais em Aparecida é neste sábado
➡️ Feira de adoção em Aparecida será neste sábado
Vamos falar sobre essa notícia? Mas lembre-se de ser responsável e respeitoso. Sua opinião é importante!
Ninguém comentou ainda. Clique aqui e seja o primeiro!
