Câncer de pênis: HMAP leva estudo à Europa
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O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) apresentou, em Madri, um estudo inédito sobre câncer de pênis durante o Congresso Europeu de Urologia. A pesquisa, conduzida pelo urologista Dr. Antônio Flávio, analisou mais de 14 mil casos registrados no SUS e destacou a realidade de milhares de brasileiros, propondo caminhos para a prevenção. O trabalho conferiu à unidade visibilidade internacional e reafirmou seu compromisso com a ciência que transforma o cuidado em saúde.
Perfil dos pacientes e fatores de risco
A equipe de urologia do HMAP identificou padrões recorrentes entre os pacientes afetados pela doença. Em seguida, os dados evidenciaram que metade dos homens diagnosticados não completou o ensino fundamental, e cerca de 30% eram fumantes. Além disso, muitos atuavam em profissões manuais, com dificuldade de acesso à higiene adequada, o que favorece a infecção pelo HPV.
Por consequência, essas condições aumentaram a vulnerabilidade ao vírus, apontado como um dos principais causadores do câncer de pênis. Logo depois, os dados revelaram que, entre 2013 e 2022, mais de 19 mil brasileiros receberam o diagnóstico, e 5.600 passaram por amputações — intervenções extremas que poderiam ter sido evitadas com diagnóstico precoce.
Ações práticas e políticas públicas
Com base nisso, Dr. Antônio Flávio defendeu que o estudo não deve se limitar à publicação científica. Ao mesmo tempo, o médico enfatizou a necessidade de transformar os achados em ações públicas. Segundo ele, o HMAP já trabalha em novas campanhas de prevenção, com foco na vacinação contra o HPV e na criação de protocolos clínicos que agilizem o atendimento nos primeiros sinais da doença.
Desde então, o hospital direciona esforços para alcançar os grupos mais vulneráveis. Consequentemente, a equipe investe em estratégias de educação em saúde e acesso facilitado ao diagnóstico, para que os casos não avancem ao ponto de exigir cirurgias radicais.
Reconhecimento científico e articulação com o Einstein
Por outro lado, a participação no congresso internacional atraiu a atenção da equipe do Hospital Israelita Albert Einstein, responsável pela gestão do HMAP desde 2022. Sob o mesmo ponto de vista, o gerente médico regional, Dr. Mayler Olombrada, considerou a apresentação uma prova da maturidade científica do hospital goiano, destacando sua capacidade de influenciar políticas públicas em nível nacional.
Segundo ele, atualmente, o hospital reúne todos os elementos para firmar parcerias de cooperação científica, ampliar a formação médica e desenvolver estudos com impacto direto no SUS. De maneira idêntica, o Einstein enxerga na unidade de Aparecida um polo estratégico para descentralizar a produção de conhecimento na saúde pública brasileira.
Avanço da urologia e estrutura hospitalar
Logo em seguida, o HMAP ampliou o volume de atendimentos especializados. Somente em 2024, o serviço de urologia realizou 807 cirurgias — um aumento de 23% em relação a 2023. Pouco depois, a unidade passou a investir em procedimentos minimamente invasivos, voltados sobretudo ao tratamento de cânceres urológicos.
Além disso, os indicadores hospitalares evoluíram rapidamente desde a chegada da nova gestão. Em seis meses, a taxa de mortalidade caiu de 15,3% para 3,6%, e o tempo médio de internação foi reduzido de 9,5 para 5 dias. Com isso, as filas para cirurgias eletivas praticamente deixaram de existir.
Destaque em cirurgias do SUS
Entre janeiro de 2023 e julho de 2024, o HMAP realizou 90% de todas as cirurgias eletivas feitas pelo SUS em Aparecida. Analogamente, conquistou o selo Top Performer, conferido às UTIs com alto padrão de cuidado, e a acreditação ONA Nível 1, que reconhece a qualidade assistencial. Esses marcos posicionam o hospital como referência em atendimento público no estado.
Ciência que nasce do cuidado
Por fim, o estudo apresentado em Madri ilustra como a ciência pode emergir do atendimento cotidiano, com base na escuta e na observação clínica. Com isso, o HMAP reafirma que, ao cuidar, também aprende. E, ao aprender, compartilha. A pesquisa sobre câncer de pênis não representa apenas um avanço técnico, mas um compromisso com a vida — especialmente daqueles que dependem do SUS.
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